Apesar de diversos avanços nos dias atuais, ainda cometemos alguns erros ao interpretar de uma maneira simplista certos pensamentos, por exemplo, o de que a única obrigação do filho é a de estudar.
Realmente, não existem erros em tal afirmação, porém é necessário saber ampliar o significado de tal conceito, o somente estudar vem amparado no sentido que crianças não devem e nem podem exercer atividades profissionais, mas isso não pode ser confundido e entendido que ir à escola deve ser a única tarefa no dia da criança.
Já se estabeleceu uma rotina na vida de muitas crianças de chegar do colégio, fazer sua lição e o resto do tempo é diversão. Qual é o cenário ideal?
O que é diversão e o tempo ocioso?
É necessário estabelecer uma linha onde possamos traçar a educação, diversão, descanso e momentos de lazer. E entender que o que sobra é tempo ocioso que poderiam ser explorados de maneira mais produtiva e com novos aprendizados.
As crianças dificilmente durante essa fase irão compreender a importância da inclusão de uma nova tarefa, ainda mais se usarmos a explicação de “isso vai ser bom para seu futuro”, precisamos deixar certos clichês de lado e adequarmos a nossa comunicação para que faça sentido no entendimento e cabeça deles.
Despertando o interesse pela atividade
A abordagem para incluir algo novo na rotina dos filhos é primeiramente entender quais são os campos de interesse do filho naquele momento e fase da vida deles, para alguns pode ser a música, arte, esportes, tecnologia e diversos outros segmentos.
No momento que nos preocupamos em conhecer mais as vontades deles e em qual área se identificam, surge a nossa primeira oportunidade de adicionarmos uma tarefa extra no cotidiano deles.
Os benefícios de aprender algo novo
Adicionando uma tarefa que inicialmente tenha alguma ligação com algo pelo qual se interessem, eles transformam essa atividade em algo prazeroso e interessante para se fazer, preenchemos um tempo na vida deles com melhor aproveitamento, além de dar novos estímulos que beneficiaram a fase de aprendizagem da criança.
Um bom exemplo são crianças que entre cursos extracurriculares decidem aprender a tocar um instrumento musical, fazer algum esporte, atividades de dança ou fazer aulas de arte, atividades do tipo contribuíram no cognitivo, desenvolvimento físico e área criativa da criança, as quais sem dúvidas facilitará no uso nas tarefas de sua vida escolar e demais rotinas do dia deles.
Mostrar interesse pelo que fazem
Quando podemos unir o interesse da criança com uma tarefa produtiva, consequentemente isso gera com que ele sinta vontade por novas atividades e novos aprendizados.
Durante o crescimento surgem novos gostos, novas escolhas e como pais o ideal é que possamos fazer do tempo deles algo útil, porém sem transformar em algo maçante, devemos estar abertos a escutar caso se interessem por coisas de segmentos distintos mais à frente. Isso não significa em incentivar a criança a desistir de algo, mas sim em saber estabelecer um diálogo onde ela possa enxergar suas conquistas, o quanto a tarefa que executam pode continuar sendo interessante, mesmo gostando de algo novo, mostrando que podem existir momentos para fazer a tarefa A e depois seguir para a B.
O mais importante é que nós, como pais, possamos saber elogiar cada avanço deles, pois isso reforça e os estimula ainda mais por sentirem que o interesse é mútuo pelo que fazem.
Uma dica importante é que quando existir tempo, conversarem com os professores do seu filho, ver junto a eles em quais áreas em que o filho vem se destacando e quem sabe usar essa informação como uma ajuda na escolha de atividades extras e que muitas vezes podem até mesmo serem realizadas dentro do colégio em que já estudam.
E que tal agora vocês pais fazerem uma atividade nova?
Dialoguem com seus filhos e professores deles, provavelmente, juntos encontrarão algo ideal e produtivo para incluir na agenda dos pequenos.
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